data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A pandemia do novo coronavírus provocou, desde março, o cancelamento de um dos eventos mais tradicionais dos domingos em Santa Maria: o Brique da Vila Belga. As ruas de um dos patrimônios históricos da cidade, que antes eram lotadas de comerciantes e atividades culturais, agora, estão pacatas.
O silêncio dos domingos também trouxe a perda de renda extra de artesãos, artistas e vendedores que aproveitavam o espaço para comercializar seus produtos. Segundo a organização do evento, cerca de 150 estantes eram montados nos dias de Brique para receber a população.
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- O evento trouxe um impacto muito bom para a cidade e uma melhora na renda das pessoas. Muita gente começou aqui - salienta o diretor geral do Brique, Carlos Alberto da Cunha Flores, conhecido como Kalu.
As calçadas que cercam as 84 casas que compõe a Vila, no entanto, não devem ficar vazias até o final deste ano. Sem realizar o evento desde dezembro do ano passado, a expectativa é que, ao menos, uma edição aconteça até o final de 2020. Em janeiro e em fevereiro, tradicionalmente, as atividades ficam interrompidas devido ao forte calor e a consequente queda de visitantes.
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- O inverno, para nós, é muito bom. Então, estamos sentindo muito. Muitos expositores estão ressentidos por não poderem participar. As pessoas perguntam quando volta, mas a gente não sabe. Queremos ver se a gente consegue fazer uma edição até o final do ano - enfatiza Kalu.
O Brique da Vila Belga surgiu em março de 2015 para dar maior visibilidade a um dos espaços mais importantes para a história de Santa Maria.
- A cidade estava recolhida após a tragédia da Kiss e o Brique foi um dos primeiros eventos em que as pessoas se sentiram seguras. Isso foi muito importante - afirma Kalu.